4.12.2008

Sobre o post de ontem, meninas e lobas.

Não. O mundo não é feito desses dois tipos de meninas. Carrie, as usual, está certa. Existem as simple girls, e as Katie girls.

E é sempre mais fácil escolher as simple girls. Elas têm cabelo liso e quando não o têm, fazem progressiva e dormem em pé pra não amassar o cabelo. Os cantores semi-alternativos fazem músicas com o nome delas, e todas colocam no perfil do Orkut. E enxem as legendas de frases feitas pelo Google. Geralmente têm tatuagens para se definir "diferente". São elas fadas, borboletas ou estrelinhas. Na barriga, no ombro ou atrás da orelha.

Elas não usam sobreposições, ficam com jeans e camiseta. E a bota-rave pata de bode. O nome já diz: bota-rave. Mas elas vão para qualquer lugar com o calçado. Elas seguem tudo que diz a moda, fique a moda boa ou não em seu corpo. E usam brinco de argola. O tempo todo.

Não são feias. Mas nada que seja imbatível. E têm barriga. Nada contra barriga. Tudo contra expôr a sua. Nunca tiveram cabelo curto e passam horas bronzeando na praia.

Utiziliam de muitas exclamações quando escrevem. Provavelmente fariam faculdade de Administração, Turismo ou algo do gênero. Não seriam jornalistas. "Porque é muito difícil, concorrido" dizem. Elas não têm problemas. Não têm problemas porque não se arriscam. Não apostam com a vida, sendo assim, não perdem. Não aprendem. Talvez não sejam frágeis, só não tenham aprendido a viver ainda.

Não têm nomes, têm sílabas. São elas: Dá, Dé, Cá, Bá, Bé, Bi. Cu.



...e é sempre mais fácil escolher por elas. Porque nós, aqui do outro lado não somos superiores, nem achamos ser, mas nós aprendemos que o mas fácil não tem graça, que nem sempre as maçãs do topo estão saborosas e que uma vida sem problemas é uma vida sem graça. EASYCOMEEASYGO. Do contrário faríamos faculdade de ADM e nos contentaríamos com o pouco, o básico e o bege.